Google Glass vai deixar muita gente de nariz empinado

Aparelho impressiona de cara; resta saber como ele será integrado ao dia a dia das pessoas.

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Os suspiros de admiração já não surpreendem mais o Glass. Os óculos inteligentes do Google são o prenúncio de uma revolução que promete vestir as pessoas em todo o mundo com computadores pessoais.
Cofundador da Google, Sergey Brin explicou que a ideia do aparelho é proporcionar uma mudança de eixo: ao invés da já tradicional pose com o pescoço abaixado para verificar dados na tela de smartphones e tablets, o Glass dá acesso às mesmas informações com apenas um levantar de olhos.

R7 Testou: Saiba tudo sobre o Google Glass!

O que Brin não revelou durante sua palestra no TED, famosa conferência destinada à disseminação de ideias sobre tecnologia, design e entretenimento, é o quanto seu aparelho vai mudar o código de comportamento das pessoas.

Falar sozinho é normal

Para começar a responder às perguntas que todos fazem: o Glass é extremamente leve (apesar de ser feito de titânio e de ter uma memória de 16 GB embutida na sua haste, por exemplo). Para iniciar, é necessário falar “Ok, Glass” ou inclinar a cabeça para cima. Esse “nariz empinado” ainda vai precisar ser incorporado aos hábitos dos orgulhosos donos dos óculos – e das pessoas ao redor. A haste direita do aparelho é sensível ao toque e pode ser usada para a navegação nas opções.

A tela do aparelho fica acima da linha de visão, o que significa que você pode olhar para uma pessoa na sua frente sem ser atrapalhado pelo prisma. Outra situação nova trazida pelo acessório é a reprodução de som. Sem saídas de som, o Glass transmite o som diretamente dentro da sua cabeça – através do seu crânio – enquanto as pessoas a sua volta não escutam nada.

Para quê serve?

Desconectado, o Glass é capaz de tirar fotos, gravar e reproduzir vídeos e apresentar conteúdo previamente embarcado no aparelho via internet ou pelo cabo. O aparelho precisa ser pareado com um smartphone Android para conexão de rede (WiFi ou 3G).

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Com acesso à internet, o aparelho é capaz de cruzar dados de sua conta no Google e oferecer um fluxo de informações e serviços imenso. Tudo ao alcance do seu olho direito.

Até mesmo os recursos multimídia ganham mais sentido com a conexão. Fotos são compartilhadas facilmente, um vídeo se transforma em hangout e permite mostrar sua visão do mundo para a tela de qualquer PC que você quiser.

Veja você mesmo na entrevista que o R7 fez com o diretor de design de produtos da Movile, Breno Masi, um dos únicos desenvolvedores brasileiros que teve acesso ao Glass:

A impressão que fica é que o Google Glass já é espantoso, mas ainda vai ficar melhor antes de chegar aos consumidores. De acordo com Masi, novos apps devem ser portados para os óculos, os recursos do aparelho estão sendo refinados. Um exemplo: a câmera já teve seis atualizações e o Glass ainda nem foi lançado.

Não, ele ainda não está à venda e, apesar de ter custado US$ 1.500 (cerca de R$ 3.000) para um seleto grupo de desenvolvedores, o Google não informa se esse será o preço definitivo dos óculos inteligentes.

Uma aposta: essa minúscula telinha vai ser capaz de expandir os horizontes das pessoas e alimentar suas mentes com tantas informações que corremos o sério risco de nos tornarmos todos orgulhosos "quatro olhos" muito em breve.

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